PROJETO: TARSILA DO AMARAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL
JUSTIFICATIVA:
O projeto pretende tornar compreensível aos alunos a herança
cultural a partir do estudo das obras de arte da artista plástica Tarsila do
Amaral, bem como despertar e desenvolver o interesse pela Arte. Procurando
estabelecer com os alunos um diálogo sobre o material que será apresentado e
ensinando-os a observarem, despertar-se-á o gosto pelas obras de arte.
A criança será desafiada a interpretar as obras de arte
observando os elementos utilizados como: cores, formas, traços e ideias e com
liberdade poderá criar, representar e construir seus conceitos.
O Lago - Maravilhosa tela da fase Antropofágica, com o
colorido e o tema tão típicos de Tarsila. Seu sobrinho Sérgio comprou a tela e
permaneceu com ela por muitos anos.
OBJETIVOS:
· Conhecer e
apreciar os elementos que constitui as obras de Tarsila do Amaral.
· Desenvolver
o hábito de observação e apreciação, atentando para detalhes como: cor,
forma, textura;
· Estabelecer
relações entre obras de arte e os conteúdos propostos em sala;
· Participar
de atividades envolvendo a pesquisa para conhecermos a vida e algumas obras de
Tarsila do Amaral;
Abaporu - Este é o quadro mais importante já produzido no
Brasil. Tarsila pintou um quadro para dar de presente para o escritor Oswald de
Andrade, seu marido na época. Quando viu a tela, assustou-se e chamou seu
amigo, o também escritor Raul Bopp. Ficaram olhando aquela figura estranha e
acharam que ela representava algo de excepcional. Tarsila lembrou-se então de
seu dicionário tupi-guarani e batizaram o quadro como Abaporu (o homem que
come). Foi aí que Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e criaram o Movimento
Antropofágico, com a intenção de "deglutir" a cultura européia e
transformá-la em algo bem brasileiro. Este Movimento, apesar de radical, foi
muito importante para a arte brasileira e significou uma síntese do Movimento
Modernista brasileiro, que queria modernizar a nossa cultura, mas de um modo
bem brasileiro. O "Abaporu" foi a tela mais cara vendida até hoje no
Brasil, alcançando o valor de US$1.500.000. Foi comprada pelo colecionador
argentino Eduardo Costantini.
· Utilizar
diferentes técnicas para a produção de releituras
Despertar o
gosto pela leitura, especialmente pela arte;
· Relatar
fatos relativos a vida e obras de Tarsila do Amaral;
· Estimular a
criatividade e a imaginação;
O Pescador - Este quadro tem um colorido excepcional e trata
de um tema bem brasileiro: um pescador num lago em meio a uma pequena vila com
casinhas e vegetação típica. Este quadro foi exposto em Moscou, na Rússia em
1931 e foi comprado pelo governo russo.
DESENVOLVIMENTO:
Linguagem oral:
*O professor inicia a aula estabelecendo um diálogo com a
turma sobre Tarsila do Amaral, nesse diálogo
faz as seguintes questões:
*O professor inicia a aula estabelecendo um diálogo com a
turma sobre Tarsila do Amaral, nesse diálogo
faz as seguintes questões:
· Vocês já
viram essa foto, sabem o nome dessa mulher?
· Vocês já
ouviram falar sobre Tarsila do Amaral?
· Sabem o que
ela fazia?
· Sabiam que
quando ela era criança gostava de desenhar e pintar?
· O que será
que ela desenhava e pintava?
· Mostrar
algumas obras de Tarsila e perguntar às crianças se elas conseguem encontrar na
pintura alguma figura que já conhecem, e deixar que as crianças se expressem
livremente.
· Falar o nome
da obra e contar, em linguagem simples, um pouco sobre a vida da pintora.
A Lua - Este quadro
era o preferido de Oswald de Andrade, seu marido quando pintou a tela. Ele
conservou o quadro até sua morte (mesmo já separado de Tarsila).
* A medida que as
crianças verbalizarem suas ideias, o professor registra a fala delas. Em
seguida, começa a sistematização da construção do conhecimento com a exibição
de um vídeo biográfico. Sugerimos o vídeo que está disponível no endereço
eletrônico abaixo: Tarsila do Amaral – http://br.youtube.com/watch?v=Hgwy1v7T8RI
* Após o vídeo o professor promove um momento para as
crianças comentarem o que assistiram no vídeo.
Manacá - Linda tela,
com um colorido forte. Esta flor é representada por Tarsila de uma maneira
particular, bem típica da obra dela.
Linguagem escrita:
* Identificar as letras do nome – Tarsila do Amaral
* Distinguir o nome do sobrenome.
* Realizar lista do que as crianças viram no vídeo;
* Escrita espontânea das cores e formas encontradas nas
obras apreciadas;
O Ovo ou Urutu - Nesta tela temos símbolos muito importantes
da Antropofagia. A cobra grande é um bicho que assusta e tem um poder de
"deglutição". A partir daí, o ovo é uma gênese, o nascimento de algo
novo e esta era a proposta da Antropofagia. Esta tela pertence ao importante
acervo de Gilberto Chateaubriand e está sempre sendo exibida em grandes
exposições.
Antropofagia - Nesta tela temos a junção do
"Abaporu" com "A Negra". Este aparece invertido em relação
ao quadro original. Trata-se de uma das telas mais significativas de Tarsila e
o colecionador Eduardo Costantini, dono do "Abaporu", está muito
interessado no quadro e já ofereceu uma soma muito alta por ele (que foi
recusada pelos atuais donos).
Linguagem matemática:
* Contar o número de letras do nome de Tarsila;
* Contar o número de palavras da lista elaborada;
* Relacionar as formas geométricas apresentadas nas obras de
Tarsila
* Enumerar as cores observadas e identificá-las
Linguagem Plástica:
Propor a realização de releituras de uma das obras abaixo
Disponibilizar
materiais variados e colocar ao alcance das crianças;
Pintar com materiais adaptados: Pincel feito de graveto,
pena folha, canudo, seringa, embalagem de desodorante rollon, dedo, etc.
Carimbo de – mão,
folha, legumes,
Escultura – papel
machê, argila, massa de modelar.
Intervenção no
papel: Cole, em folhas de papel, figuras geométricas, retalhos de tecidos,
fotos de revista. Proponha às crianças que desenhem a partir disso
O Touro
O professor pede para observarem as fotos e sugere que
comentem o que estão observando, por exemplo, as cores que aparecem nas fotos e
os elementos da obra (cor, linha, luz, forma). Em seguida, o professor propõe a
releitura da obra observada. Para isso, distribuirá nos grupos tintas de cores
variadas, pote com água, pincel, flanela, papel peso 40 cortado em forma de
quadrado para cada criança realizar sua obra. Cada criança escolherá uma das
obras para fazer a releitura.
· Realizar
exposição das releituras para apreciação de todos os alunos da escola.
Cartão Postal - Vemos
a lindíssima cidade do Rio de Janeiro nesta tela, que é o maior Cartão Postal
do Brasil. O macaco é um bicho Antropofágico de Tarsila que compõe a tela.
Linguagem musical:
· Ouvir
músicas clássicas enquanto apreciam as obras e a leitura da biografia da
pintora Tarsila do Amaral.
· Construir
uma paródia utilizando-se de uma música do repertório infantil ou de outro
gênero popular que seja significativo para as crianças, para apresentarem as
obras de Tarsila do Amaral.
· Perceber os
sons: alto e baixo; agudos e graves; e os ritmos lentos e rápidos;
Linguagem corporal/movimento:
· Dançar
acompanhando com o corpo o rítmo das músicas trabalhadas, do gênero clássico e
popular.
· Imitar uma
bailarina dançando na ponta dos pés.
· Sentados na
rodinha, ouvir música clássica e ao comando da professora balançar a cabeça
seguindo o ritmo, depois os ombros, os braços, as mãos, o tronco, girar lentamente
usando o bumbum e as pernas para equilibrar-se.
BIOGRAFIA
Chapéu Azul - Esta tela foi realizada depois de Tarsila
frequentar o ateliê de Emile Renard. As telas dessa época possuem uma grande
suavidade e uma atmosfera lírica.
Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886 na
Fazenda São Bernardo, município de Capivari, interior do Estado de São Paulo.
Filha de José Estanislau do Amaral e Lydia Dias de Aguiar do Amaral. Era neta
de José Estanislau do Amaral, cognominado “o milionário” em razão da imensa
fortuna que acumulou abrindo fazendas no interior de São Paulo. Seu pai herdou
apreciável fortuna e diversas fazendas nas quais Tarsila passou a infância e
adolescência.
Estudou em São Paulo no Colégio Sion e completou seus
estudos em Barcelona, na Espanha, onde pintou seu primeiro quadro, “Sagrado
Coração de Jesus”, aos 16 anos. Casou-se em 1906 com André Teixeira Pinto com
quem teve sua única filha, Dulce. Separou-se dele e começou a estudar escultura
em 1916 com Zadig e Mantovani em São Paulo. Posteriormente estudou desenho e
pintura com Pedro Alexandrino. Em 1920 embarcou para a Europa objetivando
ingressar na Académie Julian em Paris. Frequentou também o ateliê de Émile
Renard. Em 1922 teve uma tela sua admitida no Salão Oficial dos Artistas
Franceses. Nesse mesmo ano regressou ao Brasil e se integrou com os
intelectuais do grupo modernista. Fez parte do “grupo dos cinco” juntamente com
Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia.
Nessa época começou seu namoro com o escritor Oswald de Andrade. Embora não
tenha sido participante da “Semana de 22” integrou-se ao Modernismo que surgia
no Brasil, visto que na Europa estava fazendo estudos acadêmicos.
Retornou à Europa em 1923 e teve contato com os modernistas
que lá se encontravam: intelectuais, pintores, músicos e poetas. Estudou com
Albert Gleizes e Fernand Léger, grandes mestres cubistas. Manteve estreita
amizade com BlaiseCendrars, poeta franco-suiço que visitou o Brasil em 1924.
Iniciou sua pintura “pau-brasil” dotada de cores e temas acentuadamente
brasileiros. Em 1926 expõe em Paris, obtendo grande sucesso. Casa-se no mesmo
ano com Oswald de Andrade. Em 1928 pinta o “Abaporu” para dar de presente de
aniversário a Oswald que se empolga com a tela e cria o Movimento
Antropofágico. É deste período a fase antropofágica da sua pintura. Em 1929
expõe individualmente pela primeira vez no Brasil. Separa-se de Oswald em 1930.
Em 1933 pinta o quadro “Operários” e dá início à pintura
social no Brasil. No ano seguinte participa do I Salão Paulista de Belas Artes.
Passa a viver com o escritor Luís Martins por quase vinte anos, de meados dos
anos 30 a meados dos anos 50. De 1936 à 1952, trabalha como colunista nos
Diários Associados.
Nos anos 50 volta ao tema “pau Brasil”. Participa em 1951 da
I Bienal de São Paulo. Em 1963 tem sala especial na VII Bienal de São Paulo e
no ano seguinte participação especial na XXXII Bienal de Veneza. Faleceu em São
Paulo no dia 17 de janeiro de 1973.
Referencias bibliograficas
Fonte de pesquisa disponível
em:www.tarsiladoamaral.com.brhttp: e
//www.tarsiladoamaral.com.br/versao_antiga/historia.htmhttp://mrsaraujo-educao.blogspot.com.br/2012/06/projeto-tarsila-do-amaral-na-educacao.html
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